domingo, 30 de março de 2014

Vento No Litoral.

 

Sabendo que era o caminho mais sinuoso fui até lá de peito aberto e me atirei rumo ao horizonte. Se eu pudesse recomeçar pisaria em todas as pedras de novo, só para poder ver novamente seus olhos doces de amor e tristeza, para te salvar de novo de nós mesmos. E se o vento soprou errado eu trago ainda comigo a bússola que me guiará para os domínios do nosso porto seguro, aonde talvez ainda possamos brincar de sorrir sem nos machucarmos tantas e tantas vezes.
Não sei o que seria de mim se não roubaste tua atenção naquela tarde de verão, sabe lá onde estaríamos hoje, mas estando aqui me diz o que nos impede de continuar navegando esse mar turbulento e procurando a calma de uma ilha deserta onde possamos nos deitar na praia e ouvir a água batendo nas rochas.
Eu sei vai ser difícil, por que você está comigo o tempo todo e já que tudo está tão vazio sem você vou reconstruir meu castelo de grãos de areia, para que as ondas possam levar embora mais uma vez minha dor para bem longe daqui. Queria ser forte como você, ter o peito aberto de duvidas as quais escolher, mas talvez não seja o tal cara paciente que tanto diz.

Em lágrimas busco respostas que não encontro, talvez eu deva ficar, talvez a tristeza vá passar, quem sabe amanhã a gente possa buscar novas conchas na areia. Sei que minhas palavras se esgotam, não sinto mais seu sorriso buscando por mim, talvez seja a hora de partir, pegar meu bote e remar ao infinito, tangenciando o globo azul sem direção, com minha bússola em mãos, sem saber para onde ir, pois o único lugar que gostaria de estar é onde eu te deixei, então olho mais uma vez para trás e me pergunto pela centésima vez: Como dizer adeus se o que eu mais desejo é ficar? 

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