A gente está cansado de ouvir por ai que nada nesse
mundo é perfeito. Nem mesmo a matemática, que é exata, é capaz de padronizar
tudo nesse vasto universo de eventos probabilísticos em que vivemos, então, por
que o amor seria diferente?
Eu adoro essa sensação do amor dentro da gente, de
sentir que de repente tudo é mágico, que os filmes da Disney eram sim de
verdade, que toda a felicidade do mundo cabe dentro do nosso sorriso. É
incontestavelmente belo como o amor mexe com a gente, é tão certa essa
informação que quem assiste de fora vê a gente se modificando por total, se
entregando, se transformando em pessoas bobas e retardadas que dão risada de
tudo enquanto o mundo inteiro desmorona ao nosso redor.
Com ela não poderia ser diferente, ela era aquela
presença singular que me fazia acordar numa segunda feira às 6:00 da manhã
sorrindo, era o meu pedaço de perfeição, era meu calmante espiritual, minha
prova viva do paraíso na terra, meu doce veneno que me mataria lentamente de
amor.
Sua
perfeição era absoluta, era imensurável, eu não conseguia enxergar os limites
do seu amor dentro do meu peito. Se nossa felicidade fosse uma função eu seria
o ‘y’ e estaria totalmente em função dela, o meu ‘x’. Se nossa felicidade pudesse
ser mensurada a gente seria uma simples função quadrática y = x², onde para
cada gota de alegria no seu rosto eu seria alegre ao quadrado, onde mesmo na alegria
negativa, eu ainda seria alegre ao quadrado, para poder buscar o seu sorriso de
qualquer maneira, acima de qualquer empecilho, por que ela era meu porto
seguro, meu único conforto, minha princesa encantada.
Ela tinha aqueles cabelos vermelhos exóticos
que me encantavam, aquele sorriso de uma pureza tão doce e singular, aqueles
olhos cheios de ternura e infinitos em beleza e delicadeza. Ela tornava todos
os meus adjetivos em superlativos absolutos sintéticos, ela não era amável, era
amabilíssima. Ela não era agradável, era agradabilíssima. Magnificentíssima, simpaticíssima, formosíssima e necessaríssima
à minha tão pequena existência. Eu poderia passar a vida inteira a vendo dançar
como bailarina no teatro, poderia passar a vida inteira cantando Nando e Frejat
com ela no meu violão, poderia aprender enfim a não ter ciúmes, mesmo a achando
a mulher mais linda deste mundo.
Ela era todos os tipos possíveis de
amor, Ágape, Eros e Philos. Por ela eu largaria meu emprego, eu aceitaria ter
filhos, eu largaria o álcool, eu cortaria o cabelo e doaria para caridade, eu
cuidaria enfim da minha barba. Eu era tão louco por ela que eu era capaz de ir
de São Paulo a Manaus a pé só para vê-la, e eu calculei, são só 3.360 Km, 681 horas
ou 29 dias, 6 estados, alguns pedágios, várias rodovias, uma balsa e quase um
continente de distância, de um amor sem escalas, de uma mudança semântica na minha
oração subordinada perfeita, do meu futuro do pretérito mais que particular.
Claro que
existe o perfeito. O universo é relativo, Einstein tinha razão. O tempo para
mim passa diferente do que para as outras pessoas, porque meu coração bate
acima de qualquer velocidade conhecida, e eu já vivi todas as vidas possíveis,
e só naquela em que você existe o significado de amor e desejo fazem sentido.
***CURTE AI VAI, POR FAVOR :)
Haaa lindooo , me identifiquei com a ruivisse haa ...
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