terça-feira, 20 de maio de 2014

Equilíbrio.



            É difícil ler por ai qualquer coisa que diga respeito à autoestima e não se deparar com aquele verbo: desistir. É engraçado pensar como algumas palavras tem personalidade própria, algumas são automaticamente absorvidas de maneira pejorativa e maldosa, já outras têm um caráter humilde e cheio de compaixão. No caso específico de “desistir” a gente nota logo aquela aproximação de significados com algo do tipo “fraqueza” ou “fragilidade”, como se desistir fosse, em um todo, uma entrega de algo bom que a gente não é mais capaz de suportar por pressões externas e/ou intrínsecas a nós mesmos. Ai você me diz: “mas cadê o erro dessa definição?” e eu digo: “está na quase não notável presença do adjetivo ‘bom’”.
            Cá entre nós, quem não gostaria de desistir de tudo aquilo que nos faz mal? Quem não adoraria desistir de fazer tudo pelas pessoas erradas que não merecem nosso amor? Quem não pagaria pra conseguir desistir de insistir em erros que nos levam sempre de cara ao chão? Diga quem não gostaria de desistir de tudo que atrasa a nossa vida e nos impede de encontrar a tal felicidade. Pois bem, então desistir não é de fato uma palavra ruim, ou que reverbere fraqueza, ela pode ser exatamente o contrário, indicando força e superação.
            Se você me perguntar então “como eu faço pra saber a hora de desistir?”, é simples, basta descobrir se aquilo te faz bem ou se, de repente, não te torna uma pessoa melhor, caso opção dois então desista sem hesitar. Mas ai você questiona como saber se isso te traz benefícios ou não. Bom, existe aquele modelinho matemático que você talvez não tenha prestado atenção nas aulas da Dona Maróca do ensino médio. Basta você fixar todas as variáveis da vida como constantes e variar apenas aquela uma que você deseja testar, e então você nota na equação da vida como essa variável influi no resultado final. Simples não é? Claro que não, a vida não é um gráfico, e as variáveis são infinitas, mas a gente tenta, até por que não existe fórmula mágica pra nada. O conceito é sempre buscar o equilíbrio dentro de nós mesmos. Eu acredito que o mundo é regido por um equilíbrio cósmico, alguns chamam de Deus, outros de carma. Eu gosto de pensar que é uma simples homeostase ou terceira lei de Newton, onde tudo em que você sorri se transforma em poesia.
            As palavras são traiçoeiras, elas mentem, machucam e transformam verbos em cicatrizes bem reais, que afetam até mesmo o físico das pessoas. Por que eu estou discorrendo sobre isso? Você me pergunta. Eu tenho notado por ai como as pessoas tem uma dificuldade imensa de interpretação. Não só de texto, mas da vida, das pessoas, dos sinais e ações diárias. As pessoas associam palavras a contextos errados, às vezes lutam com tudo de si por algo que lhes machucam, por não saberem compreender o que realmente aquelas palavras/pessoas/acontecimentos simbolizam.
            Esse estado nosso de vitima da vida é complicado. Às vezes a gente acha que tudo está conspirando contra os nossos sonhos. A gente se pega triste, deprimido, nervoso. A gente reclama, esperneia, culpa tudo e todos. A gente foge, sente medo, nega Deus. E no turbilhão fica cego e suscetível a tal má interpretação. Até mais cedo eu estava aqui tendo uma semana dos infernos, parecia mais um dos meus fins do mundo particulares. Eu abri esse documento pra escrever uma narrativa sobre suicídio. Mas então um sinal mudou minha perspectiva. Eu não sou um cara religioso, nem acredito em milagres, mas o acaso bateu aqui e me deu uma pitada de esperança e bom humor que eu estou jogando nesse texto, que eu espero que seja bem interpretado, por que eu sei que em algum lugar existe você igual a mim, que precisa de uma palavra de sabedoria hoje, que te ajude a entender que sua vida não é algo ruim, e que existem soluções e elas estão por ai esperando você alcança-las.

            Espero que mesmo aqui, tão distante, eu possa ajudar. Então, tenha um ótimo dia e abra seus olhos para a vida!

***gostou? CURTA aqui embaixo por gentileza. Obrigado!

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