quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Não era amor.



Descia pelo corpo suavemente com aumentos graduais de temperatura.
Assimilava-se a paixão, mas não tinha cores em tons alegres.
Vinha sorrateira sem pedir licença, mas desaparecia em compassos contados de tempo.
Disparava o coração, mas negava a se aceitar dentro do jogo.
Era uma bate e volta sem fim de um preludio pra uma narrativa que jamais aconteceria.
Tinha o ciúme de um por do sol infinito carregado da unanimidade exclusiva de uma manhã fria sem ventos.
Era quase como o engolir seco do medo em um monologo importante com validade significativa.
Tinha asas, mas não voava, vinha de longe e fingia que ficava, mas na manhã seguinte partia.
Era conclusão e hora era dúvida de novo.
Era um desapego constante de estar aprisionado ali.
Tinha cheiro de porto seguro, mas seduzia como um adeus.
Brincava de sedução e traia os olhos logo então.
Se me tinha eu não sabia.
Se for palavra eu deixei de dizer.
Quando é sol, traz paz, quando frio conforto.
Repudia bons momentos com toques especiais de inocência, e quando incendeia leva pra longe o que eu busco toda noite no meu travesseiro, deixar de sonhar aquele mesmo sonho todas as noites, numa angustia sem fim de acordar amanhã sem ter com o que me preocupar. Escrevendo linhas vazias, por falta de amor, por falta de você.

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Obrigado e volte sempre :)

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