domingo, 9 de outubro de 2011

As estrelas do céu.



            Ele abriu a janela do quarto e apoiou os braços no beiral gelado. Olhou pela imensidão escura daquela rua deserta e para as poucas casas que ainda tinham suas luzes acesas àquela hora, e ficou procurando algum sinal de vida ali fora. Brincou com a imaginação vendo alguns dos postes de luz piscando, e logo mais se rendeu enfim à noite que era banhada por um lindo céu estrelado. Bem ao longe ele mirava uma porção de estrelas, que ficavam lá, estáticas, iluminando aquela tela negra infinita, como se fosse um mosaico de luzes aleatórias na imensidão do universo. Muitas talvez nem estivessem mais lá, algumas delas ninguém podia ver, e assim sua mente viajava para outros lugares bem distantes dali. Ele entortou a cabeça para focar bem a lua, que estava de um branco inspirador, mas não teve muito tempo para apreciá-la.

            -Você  sem sono meu amor? – Dizia a voz atrás dele.

            -Um pouco. Tava com vontade de ver o céu – Retrucou ele.

            -Vem deitar aqui comigo,  tão frio – Ela disse com uma voz encantadora.

            Ele quase não resiste, mas continuou hipnotizado pelo céu daquela noite, e ela então se levantou da cama e foi até a janela. Ela se encostou ao lado dele e olhou para o céu, viu que estava realmente bonito, mas mesmo assim insistiu:

            -Qual a diferença do de ontem?  Você tem a vida inteira pra ver o céu meu amor, agora vem ficar comigo. - Dizia ela com a voz doce e cheia de ternura.

            Ele sorriu para ela e segurou seu rosto, deu-lhe um beijo na testa e depois lhe disse:

            -Veja só!

            Ele a colocou na frente da janela olhando para o céu, abraçou a por trás e recostou sua cabeça no ombro dela, deu-lhe um beijo no pescoço e cochichou ao seu ouvido:

            -Você é linda, e eu sou o cara mais feliz desse mundo!

            Ela sorriu desconsertada, soltou um suspiro, e fechou os olhos entregue ao abraço dele. Então ele envolveu a cintura dela com uma das mãos e continuou dizendo:

            - vendo aquela estrela ali?

            E ela ia balançando a cabeça como afirmação.

            -Então, hoje ela está exatamente ali, só por hoje ela pode estar sendo vista naquele local e angulo em específico. Apenas por hoje ela pode estar iluminando o céu junto com aquela outra estrela logo ali. E assim você vai concordar que toda vez que a gente olha pro céu, querendo ou não, ele não vai estar exatamente como antes...

            Ela se esforçava um pouco para acompanhar o raciocínio dele, mas ela estava com sono, no entanto tentou ouvir tudo com muita atenção. Ele percebendo a reação dela logo terminou sua filosofia maluca e tentou explicar resumidamente:

            -Você já olhou pro céu alguma vez e guardou a imagem com você sabendo que nunca mais a veria de novo?

            Ela pensou um pouco e sem relutar muito respondeu:

            -Sinceramente não, pra mim o céu vai estar sempre lá.

            Ele baixou o tom de voz e falou bem ao pé do ouvido dela:

            -Então olhe bem pra ele agora, e você vai entender do que eu estou falando.

            Enquanto ela tentava focar os desenhos esboçados naquele grande céu estrelado, ele começou a beijar seu braço e foi subindo gradativamente, passando pelo seu ombro e chegando ao seu pescoço. Ela então começou a se desconcentrar, e já não prestava muita atenção. Ele a segurou com mais força pela cintura e ela inclinou a cabeça para trás debruçando no ombro dele. Ele então a virou de frente e a colocou sentada na janela, pôs uma mão nas suas costas e a outra na sua coxa, ela o envolveu com as pernas e eles se beijaram. Em seguida ele escorregou uma das mãos pelas costas dela por dentro da camisola, e ela recostou ambas as mãos no seu peito. Algum moleque passou pela rua e gritou alguma coisa vendo a cena, e então ele a segurou no colo, tirando ela da janela, e jogou a moça com carinho de volta na cama. Ela ficou olhando nos olhos dele por um instante e ele então desceu começando a beijar os seus pés, logo mais a sua perna, então a sua barriga, e até chegar ao seu rosto, onde parou por um segundo, olhou bem fundo nos olhos dela e deu um sorriso libertino de canto de boca. Ela sorriu de volta e ele enfim proferiu as últimas palavras daquela noite:


            -Você nunca vai esquecer esse céu, meu amor!

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